Olá....hoje minha postagem é em homenagem ao dia das mães...Ok,
estou atrasada se considerar a data estabelecida para a comemoração desse dia
especial, porém, quero aproveitar a deixa para falar para a minha mãe e para
todas as mães que tem filhos com deficiência e tiveram que abrir mão de suas
vidas, de seus objetivos algumas vezes, para que seus filhos tivessem a oportunidade
de receber tratamento.
Como já contei em outras postagens, tive poliomielite aos 5
meses de nascida. E no mesmo dia que foi detectado o vírus, fui internada no
Hospital Jesus, em Vila Isabel/RJ. Um hospital Infantil do município do Rio. E
desde então minha mãe se desdobrava para que eu tivesse um tratamento adequado.
Após um período de internação, minha mãe me levava ao hospital
praticamente a semana inteira para fazer massagem nas pernas, fisioterapia para
que os membros inferiores não ficassem atrofiados. E quem conhece o hospital
Jesus sabe que ele fica em uma ladeira, e após subir esta ladeira, ainda tinha
uma escadaria para subir, já que na época o prédio não dispunha de elevadores.
Ela saía de Niterói, e íamos de ônibus para meu tratamento. E além do
tratamento ainda tinha as cirurgias, foram 4 no total, meses internada, e visitas
da minha mãe TODOS dias até o dia de receber alta hospital. E quando eu estava
em casa resguardando o período de recuperação pela cirurgia e com gesso até a
cintura, minha mãe cuidava de mim com o maior zelo, com muito amor e dedicação.
O gesso só era retirado depois de 3 a 4 meses de operada, e assim vinha a fase
da fisioterapia, vivemos esta rotina até eu completar meus 18 anos. Quando a
partir de então, comecei a ir às consultas médicas sozinha.
Já aprontei algumas com ela (minha mãe), certa vez, nas férias
escolares fomos viajar para a casa de meus avós maternos no interior do estado
do Espírito Santo, juntamente com minhas outras irmãs e sobrinhas. Criança
sozinha é inofensiva, mas em bando pode causar estragos..rsrsrs!!! Pois bem, um
dia brincávamos em “bando” dentro do tanque de lavar roupas, esbanjando água,
fazendo a maior bagunça, e quando um adulto (não lembro quem) viu o que estávamos
aprontando, correu em nossa direção para nos repreender, foi então que todos
saíram correndo, cada um para um lado, foi um “salve-se quem puder”..rsrsrsrs!!!
Euuuuuuuuuuu simplesmente abstrai da minha mente que não podia correr, e num
ato sem pensar pulei do tanque também....conclusão: cai no chão, e com a queda
acabei por cair em cima da perna tinha operado a pouco meses. Consequência? A
perna inchou acabei com as férias de todo mundo, pois tivemos que voltar ao Rio
para ir ao meu médico. O resultado? Tive que me internar novamente para refazer
a cirurgia, que com a queda que tive acabou por romper algo dentro da perna,
nessa época deveria ter uns 7 anos de idade. E mais uma vez tivemos nossa
rotina de “visitas” ao hospital fortalecida!!!
Certa vez enquanto minha mãe estava trabalhando eu e minha irmã
decidimos cortar o cabelo uma da outra, e em outra ocasião tivemos a
brilhante ideia de cortar as correias do meu aparelho ortopédico
(caríssimooooooooo)!!!! Claro que nossa mãe não gostou nenhum pouco dessas
novidades ao chegar em casa!!!!
Cresci (senão em estatura, em idade...rsrsrs), estudei, me
graduei, me especializei, tive muitas conquistas em minha vida, graças a Deus
em primeiro lugar e a minha mãe que NUNCA desistiu de mim, de me oferecer a
oportunidade de receber tratamento adequado, de se esforçar para que eu pudesse
estudar e isso tudo enquanto também cuidava de uma de minhas irmãs que durante
a infância (nossa idade difere pouco mais de 1 ano) teve um problema sério no
ouvido e requeria tratamento médico especial.
Faça chuva ou faça sol, mãe é mãe! Mãe é mãe todos dias.
Hoje quem precisa de cuidados é ela que está com 80 anos. E dá
um trabalhinho, viu!!rsrsrs!!! Hoje sou eu quem briga com ela, quem diz para
não fazer isso ou aquilo! Reconheço que é preciso muuiiitaaaaaaaaa paciência,
bem mais do que tenho, mas tenho me esforçado cada dia par ser mais paciente,
pois se hoje sou quem sou e tenho o que tenho, é graças a ela!
Então é isso! Fica aqui minha homenagem à todas as mães
dedicadas, amorosas que mesmo com suas limitações, se desdobram para trabalhar
fora, cuidar da casa, cuidar dos filhos (educar)!
E principalmente às mães de
filhos que tem deficiência!