Muitos artigos, reportagens,
publicações diversas nos trouxe conhecimento a respeito dos horrores da II
Grande Guerra Mundial com Hitler e o nazismo e a sua obsessão por uma raça pura.
E para conquistar seu objetivo o líder nazista austríaco foi capaz de cometer e
permitir atrocidades com aqueles que não se enquadravam no perfil de alguém que
pudesse dar continuidade a uma linhagem perfeita, assim idealizada por ele. Pertencente
grupo dos excluídos estava judeus, pessoas com deficiências físicas e mentais
(judeus ou não); surdos e aqueles que os médicos acreditavam que pudesses
transmitir de forma hereditária alguma “anomalia” que pudesse impedir a raça
ariana de ser perfeita.
Hoje vamos discorrer um pouco
sobre a pessoa com deficiência na época do nazismo.
Boa leitura!!!!
Para Hitler uma guerra era o
melhor momento para se eliminar os “doentes incuráveis”. Dentro deste perfil de
“incuráveis” estavam às pessoas com deficiência física (incluindo os anões); idosos
em fragilidade de saúde, os gêmeos, pessoas com deficiência intelectual e os
doentes mentais Estes eram considerados como inúteis à sociedade, uma ameaça à
pureza da raça e indignos de viver. Pessoas que tinham estas características
eram exterminadas através de um programa criado pelo nazismo chamado “Action T4”
ou simplesmente T4. O programa na verdade começou antes da guerra, em 1º de
setembro de 1939.
Dados históricos informam que
no início, os médicos e enfermeiros foram “encorajados” a negligenciar os
pacientes classificados como incuráveis, assim muitos deles morreram de fome ou
por outras doenças e infecções. Mais tarde, grupos de consultores do governo
iam aos hospitais e decidiam quem viveria e quem deveria passar pela “solução
final”, expressão usada para designar morte.
Os selecionados eram
encaminhados a vários centros de extermínio do programa “T4 – eutanásia” e
executados com injeções letais.
O Wikipédia descreve o Acktion
T4 da seguinte forma:
“Aktion T4 ( Ação T4)
foi o nome usado (...) para o programa de eugenismo e eutanásia da Alemanha
nazista durante o qual médicos assassinaram centenas de pessoas
consideradas por eles "incuravelmente doente, através de exame médico
crítico". O programa ocorreu oficialmente de setembro de 1939 a
agosto de 1941, mas continuou de modo não-oficial até o fim do regime
nazista em 1945. (...) Durante a fase oficial de Ação T4,
70 273 pessoas foram mortas, mas no Julgamento de Nuremberga encontraram
evidências de que os médicos alemães e austríacos continuaram a eutanásia de
doentes depois de outubro de 1941 e que cerca de 275 mil pessoas foram
assassinadas sob a T4.(...). Pelo menos 200 000 pessoas com deficiência
física ou intelectual foram mortas por medicação, fome ou nas
câmaras de gás entre 1939 e 1945.
O nome T4 era uma abreviação de Tiergartenstraße 4, o endereço de uma
casa no bairro Tiergarten em Berlim, que foi a sede da Gemeinnützige Stiftung für Heil- und
Anstaltspflege, com o nome eufemístico literalmente traduzido para o
português como "Fundação de caridade para cuidados institucionais".Este
órgão funcionava sob a direção do Reichsleiter Philipp
Bouhler, o chefe da chancelaria privada de Hitler, e
Dr. Karl Brandt médico
pessoal de Hitler.”
Em julho de 1933 Hitler assinou
a “Lei para Prevenção de descentes hereditariamente doentes, a fim de
implementar suas políticas de higienização racial. A lei falava em
esterilização compulsória às pessoas que eles chamavam de“doentes”, em que creditavam
ser portadores de doenças hereditárias como a esquizofrenia,
a epilepsia,
e "imbecilidade". A esterilização também foi sugerida para outras
formas de desvio social, além da surdez e cegueira.
O
pretexto era de liberar os leitos hospitalares para os futuros feridos de
guerra.
Estima-se
que 360 mil pessoas foram esterilizadas nos termos desta lei, entre 1933 e 1939.
Em 1941,
o bispo de Münster, Dom Clemens August Graf von Galen, denunciou publicamente
em um sermão os assassinatos dos pacientes indefesos. A população alemã passou
a ter conhecimento do programa de “eutanásia” que era, supostamente, secreto.
Com os
protestos, os líderes do nazismo tentaram manter o programa de extermínio em
execução, secretamente.

Anões,
gêmeos e pessoas com deficiência físicas que chamassem a atenção dos médicos
eram selecionados para experiências genéticas e morriam em consequência da
brutalidade dos testes de laboratório.
Josef
Mengele e a execução de pessoas com deficiência
Formado
em medicina, condecorado por bravura militar. Em 1943, foi para o campo de
concentração de Auschwitz como coronel-médico da tropa de elite nazista. Mandou
executar milhares de prisioneiros, entre
judeus, idosos e pessoas com deficiência física. Os que não eram executados
imediatamente eram conduzidos para ficar como cobaias humanas de seus
experimentos.
De
acordo com publicação no site da revista “Superinteressante”, entre suas cobaias
havia principalmente irmãos gêmeos, anões e pessoas com deficiências físicas. O
“anjo da morte”, como foi apelidado, dissecava anões vivos a fim de provar que
tratava-se de fruto da excessiva miscigenação de raças, amputava pernas e
braços de crianças para tentar sem sucesso regenerá-los, e jogava prisioneiros
em água fervente para ver o quanto suportavam.
Espero ter trazido um pouquinho mais de informação à vocês sobre a trajetória da pessoa com deficiência.
Fontes: