Vê Legentil

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Você sabe o que realmente é a poliomielite ou paralisia infantil?


A matéria de hoje será sobre a poliomielite, ou paralisia infantil. Hoje não farei piadas ou risadinhas como de costume, pois realmente é algo que me trás preocupação não apenas para o hoje, mas principalmente para o futuro.
Por vivenciar na pele as dificuldades em ter sequelas da poliomielite ou paralisa infantil, por diariamente encarar os obstáculos impostos por uma sociedade excludente, por ter consciência da falta de recursos médicos para tratamento eficaz das sequelas deixadas pela pólio e ainda, por ler nos últimos meses que na atual campanha nacional de vacinação contra o sarampo e a pólio, os dados no Ministério da Saúde informa que somente 46% das crianças foram vacinadas, decidi então postar esta semana sobre o que é a poliomielite.
Já me desculpo com vocês pelo tamanho do texto, peço a compreensão de todos, mas foi muito necessário escrever as informações nele contida. Pois como a paralisia infantil  está erradicada no Brasil faz muito tempo, as novas gerações pouco sabem sobre o estrago que esse vírus pode causar e poucos convivem com alguém que tenha as sequelas da pólio.
Você sabe o que é a poliomielite?

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovirus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos e ser comumente chamada de paralisia infantil, também pode ocorrer em adultos. 
Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.
Quais os sintomas da poliomielite?
O período de incubação varia de 5 a 35 dias, com mais frequência entre 7 e 14 dias.
Na maioria dos casos, a infecção pelo vírus da poliomielite pode ser assintomática. Isso não impede sua transmissão, pois é eliminado pelas fezes e pode contaminar a água e os alimentos.
Quando se manifestam, os sintomas variam de acordo com a gravidade da infecção.
Nas formas não paralíticas, os sinais mais característicos são febre, mal-estar, dor de cabeça, de garganta e no corpo, vômitos, diarreia, constipação, espasmos, rigidez na nuca e meningite. Na forma paralítica, quando a infecção atinge as células dos neurônios motores, além dos sintomas já citados, instala-se a flacidez muscular que afeta, em regra, os membros inferiores.
Como é transmitida a poliomielite?
Quanto mais precária a condição de vida de uma população, quanto maior a ausência de saneamento básico, falta de higiene, mais esta população estará exposta ao vírus da pólio.
A transmissão do vírus da poliomielite se dá através da boca, com material contaminado com fezes (contato fecal-oral), o que é crítico quando as condições sanitárias e de higiene são inadequadas. As crianças devem ser orientadas desde muito cedo a desenvolver hábitos saudáveis de higiene, como lavar as mãos, só beber água tratada etc.
O Poliovirus também pode ser disseminado por contaminação da água e de alimentos contaminados.
A multiplicação desse vírus começa na garganta ou nos intestinos, locais por onde penetra no organismo. Dali, alcança a corrente sanguínea e pode atingir o cérebro. Quando a infecção ataca o sistema nervoso, destrói os neurônios motores e provoca paralisia flácida em um dos membros inferiores. A doença pode ser mortal, se forem infectadas as células dos centros nervosos que controlam os músculos respiratórios e da deglutição.

OBS.: A falta de saneamento básico e de medidas adequadas de higiene é a principal causa de transmissão do vírus da poliomielite. A má qualidade da água utilizada para consumo e alimentos preparados sem os cuidados de higiene facilitam a proliferação dos diferentes tipos de póliovírus.
A Falta de saneamento básico constitui uma das causas da proliferação do vírus da poliomielite

Existe tratamento para a poliomielite?
As sequelas da poliomielite estão relacionadas com a infecção da medula e do cérebro pelo poliovírus, normalmente correspondem a sequelas motoras e não tem cura. O foco do tratamento reside em diminuir a sensação de desconforto, evitar que o vírus continue se espalhando pelo corpo e garantir a qualidade de vida da pessoa infectada. O tratamento deve ser iniciado o quanto antes, para evitar complicações, mesmo porque, se uma pessoa infectada com o vírus não for atendida aos primeiros sinais da doença, ela estará sob maior risco de morte.
Um pulmão de aço é um tipo de ventilador que permite a uma pessoa respirar em caso de paralisia dos músculos da respiração ou quando o esforço necessário para a respiração excede a capacidade dessa pessoa. Muito utilizado nas pessoas infectadas pelo vírus da polio.
Um pulmão de aço é um tipo de ventilador que permite a uma pessoa respirar em caso de paralisia dos músculos da respiração ou quando o esforço necessário para a respiração excede a capacidade dessa pessoa. Muito utilizado nas pessoas infectadas pelo vírus da polio.

As principais sequelas da poliomielite são:
·         Problemas e dores nas articulações;
·         Pé torto, conhecido como pé equino, em que a pessoa não consegue andar porque o calcanhar não encosta no chão;
·         Crescimento diferente das pernas, o que faz com que a pessoa manque e incline-se para um lado, causando escoliose;
·         Osteoporose;
·         Paralisia de uma das pernas;
·         Paralisia dos músculos da fala e da deglutição, o que provoca acúmulo de secreções na boca e na garganta;
·         Dificuldade de falar;
·         Atrofia muscular;
·         Hipersensibilidade ao toque.
As sequelas da poliomielite são tratadas através de fisioterapia, por meio da realização de exercícios que ajudam a desenvolver a força dos músculos afetados, além de ajudar na postura, melhorando assim a qualidade de vida e diminuindo os efeitos das sequelas. Além disso pode ser indicado o uso de medicamentos para aliviar as dores musculares e das articulações. 
A fisioterapia é fundamental para fortalecer a musculatura, evitando atrofias musculares, para ter uma melhor postura corporal afim de evitar dores.
Forma de prevenção
          A doença deve ser evitada  através da vacinação contra a poliomielite. Paralelo a isto, medidas preventivas como programas de saneamento básico, são essenciais.  

Como é oferecida a vacina contra a poliomielite no Brasil

1.        A vacina é oferecida o ano inteiro em todos os postos de saúde.
2.      Uma criança deve tomar ao menos três doses da vacina para estar imunizada: 1ª dose aos 2 meses; 2ª dose aos 4 meses; 3ª dose aos 6 meses.
3.      Há um reforço da vacina aos 15 meses. Nesse reforço, são administradas duas gotinhas.
4.            O Ministério da Saúde realiza campanhas nacionais duas vezes ao ano. Mas a vacina pode ser aplicada a qualquer momento.

A poliomielite no Brasil
         De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil não registra casos de poliomielite faz 30 anos. Tendo o último ocorrido em 1989. Apesar disso, atualmente o governo alerta sobre a necessidade da vacinação, mesmo tendo sido a pólio erradica no país, isso se deve a alguns motivos:
ü O vírus tem circulado por 23 países nos últimos 3 anos;
ü O surgimento de um caso de poliomielite na Venezuela em junho; (todos devem estar acompanhando a situação dos venezuelanos no Brasil, entrando no país sem nenhum tipo de controle, principalmente por Roraima).
O número de crianças vacinadas vem baixando a cada ano, e uma disseminação de falsas informações principalmente via internet de que as vacinas podem matar ou causar algum outro tipo de mal às crianças vem fazendo com que os responsáveis evitem vacinar seus filhos.
Isso me traz à memória,  lembranças da história do Rio de Janeiro, aprendida na escola, de um período conhecido como “A Revolta da Vacina” quando em 1904 o governo federal impôs a obrigatoriedade da vacinação contra a varíola e a população então se rebelou devido a forma como foi praticada a vacinação nas pessoas.
 Mas vivemos em outros tempos, onde diferentemente daquela época, em que as pessoas tinham pouco ou nenhum acesso às informações, hoje o efeito é as avessas, são as notícias fakes divulgadas, a ausência de busca pela veracidade dos fatos contados, o crer somente no que lê, tem levado algumas pessoas a facilitar a volta de uma doença terrível como a poliomielite.
Muita além das sequelas físicas
Ter tido poliomielite aos 5 meses de nascida e conviver com suas sequelas a vida inteira, poderia ser mais leve, se a sociedade fosse mais inclusiva, com pessoas tendo empatia, se colocando no lugar do outro, com vias públicas e transportes púbicos acessíveis, com oportunidades de trabalho justas, com menos, bem menos barreiras atitudinais gigantescas, com valores bem mais acessíveis de equipamentos como aparelhos ortopédicos, muletas, cadeira de rodas.
Quanto menos desenvolvimento houver em um país, mais sua população está suscetível ao vírus da poliomielite, e as crianças são as maiores vítimas.

o   Se você quer bem a quem você ama...vacine seu filho;
o   Se você conhece alguém que tem resistência em vacinar seu filho por conta de notícias lidas em redes sociais, pela internet em geral, sem uma fonte confiável, sem investigar o fato, oriente-o a vacinar a criança;
o   Vacinar contra a poliomielite é uma prova de amor!
Importante ressaltar que:
O artigo 1º do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA determina que "é obrigatória a vacinação das crianças nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias."
Obrigada por ter lido todo o texto. Me ajude a divulgar essas informações, compartilhando-as em suas redes sociais.
Bjs!
Fontes:























sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Um par de muletas muito discreto!


Oi pessoal....

Costumo brincar em minhas palestras e com os meus amigos, que minha deficiência é bem leve, quase nem dá para perceber! rsrsrs!!! E não é que é isso mesmo!? Uma pessoa que deveria ter visto, não viu!!!...
Em junho fiz uma postagem contando de uma queda que sofri no dia 14 de maio?! Pois bem, essa queda “rendeu pano pra manga” como diz um antigo ditado.
Como eu havia dito, no mesmo dia da queda, fui à emergência de um hospital para ser atendida. O médico solicitou raio x e tomografia do pé e após examinar, recomendou 7 dias com a perna imobilizada, o  que respeitei. Retornei após o período indicado, retirei a tala, e.....vida que segue.
Como o médico plantonista da emergência me orientou, procurei tratamento/acompanhamento ambulatorial.
Consegui agendar uma consulta para o dia 23 de junho, mais de um mês depois da queda (isso pelo plano de saúde). Chegando lá relatei o ocorrido, disse que meu pé ainda continuava doendoe informei também que havia feito uma tomografia e um raio x no hospital onde eu havia sido atendida, mas que não havia pego os resultados dos exames. 
Este médico disse então que solicitaria novos exames, como um novo raio x e uma ultrassonografia do pé, e que estes já seriam o suficiente para fechar o diagnóstico, já que meu pé continuava doendo e as vezes inchava.
Pois bem, agendei e fiz os exames recomendados, quase um mês depois retornei à consulta, de posse dos resultados dos exames. Foi aí que me surpreendi com o atendimento recebido.
Vou colocar em tópicos para facilitar a compreensão:
ü Análise dos exames: já com os exames em sua mesa, ele apenas olhou os laudos que acompanhavam as imagens dos exames. Nem se deu ao trabalho de inserir os DVDs no computador par analisar, comparar o que ele tinha lido com o que as imagens mostravam.
ü O diagnóstico: disse que não poderia concluir meu diagnóstico pois um dos laudos indicava suspeita de fratura. Disse que precisaria de novos exames como uma tomografia para poder identificar o que realmente tinha acontecido. Quando eu disse que já havia feito o tal exame, e que ele tinha dito que não precisava apresentar o resultado, pois a ultrassonografia seria o suficiente, ele disse que não falou nada daquilo. Ali já foi me dando uma raivinha bem de leve sabe! Qual a necessidade que eu tinha para mentir? Mas continuando...
ü A cereja do bolo: diante da ausência de uma definição do diagnóstico, ele pediu que eu retornasse ao seu consultório com todos os exames que eu já havia realizado. Foi nessa hora que ele me fez uma recomendação devido a possibilidade da existência de uma fratura na pé. Me SUGERIU, USAR MULETAS!!!! 

As muletas que o médico não viu!

Tentando entender até agora como minha muleta se disfarçou!

OIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII!? Como assim?!  Foi aí que, aquela raivinha bem de leve deu lugar à indignação! Como assim usar muletas?! Fala sério!
Olhei bem para ele e disse: Doutor, eu já uso né! 
Acho que minha cara estava mais feia que a da Dona Bela da escolinha do professor Raimundo...rsrsrsr..porque ele me olhou de volta e disse: Sim, eu sei, só estou reforçando que continue usando! (Pensei: Ah claro, que boa observação, esqueci que eu tenho a opção de deixar de usar!) 
Genteeee...tô rindo agora, fazendo piadas, mas na hora pense a vontade que me deu de dar com a muleta no médico para ver se ele enxergava as muletas!! rsrsrsrs
Ai foi o suficiente. Parei né! Recolhi todos os meus exames que estavam espalhados em cima de sua mesa, enquanto dizia: “ta bom doutor, ta bom!” Ele ainda teve a audácia de me pedir para que não ficasse chateada com ele, por pedir novos exames! Ele nem se sequer sinalizou assim “não fique chateada por eu ter mandado você usar muletas.”
 Claroooooooooooooooo que não voltei mais naquele consultório!  
    Um absurdo, o médico olhou para mim, mas não me viu!
  Marquei uma nova consulta agora com um especialista em pé e tornozelo. Levei TODOOOOOSSSSS os exames que já havia feito. Fui consultada, o médico, primeiro olhou as imagens, e disse que, havia duas pequenas fraturas em meu pé esquerdo, em metatarsos diferentes. Fiz então outro raio x na própria clínica, onde indicava que as fraturas já estavam calcificando de forma alinhada, graças a Deus!
Falei para o médico que, diante da falta de diagnóstico, por conta própria fiz uso de anti-inflamatório e 3 vezes ao dia colocava gelo no local afetado, por causa das dores que eu sentia.
Ele me deu então as orientações necessárias. E pediu que eu retornasse no início de setembro para acompanhar a evolução da calcificação.
Três meses depois da queda ainda sinto meu pé doer as vezes!

 Minha reflexão:
1-    Que pena que mesmo pagando um plano de saúde para poder ter atendimento médico, eu tenha que ouvir sandices como a dita por um mau profissional da área;
2-   Que bom que tive a possibilidade de agendar com um outro profissional da área, para ter uma segunda e correta avaliação. Pois boa parte da população morre em hospitais públicos aguardando atendimento, alguns ficam como bola de "ping pong" indo de um lado para o outro, em busca de tratamento para seu problema de saúde.
  Arbitrariamente é descontado em nosso contracheque, o valor a ser repassado à Previdência Social, porém se quisermos ter atendimento médico, realizar exames etc, temos que pagar um plano de saúde, que NÃO É barato. Pagamos 2 vezes para ter UM mesmo tipo de serviço. E mesmo pagando não é fácil conseguir um agendamento de consultas. E ainda passamos por profissionais assim, que nem se quer, tem o cuidado de dar atenção a quem está diante deles em seu consultório.
Bjs.....
Até a próxima semana!

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Última parada das Férias - Fortaleza de Santa Cruz



Genteeee.......esta é a última postagem sobre meus passeios feitos nas férias deste ano. O ponto turístico inicialmente planejado SERIA o Forte do Pico, em Jurujuba. E este passeio seria sem a cadeira de rodas, pois como o nome sugere, fica bem no topo, no pico de uma montanha. O acesso seria de van (assim esperava eu) e depois tinha uma breve caminhada, onde realiza-la de cadeira, ainda mais para mim, iniciante neste negócio, presumi ser algo complicado.
Pegamos um ônibus em São Gonçalo, município onde moro e fomos até o terminal de Niterói, onde pegamos outro ônibus para Jurujuba. Acessei o ônibus pelo elevador (plataforma) que funcionou de primeira. Conto isso com muita felicidade...rsrsrsrs!!!!! Motorista muito educado e prestativo. Se lembrou de mim de quando eu morava em Niterói.
Pois bem, fomos para Jurujuba, chegamos lá, por volta das 10h30 da manhã, fui buscar informações sobre o horário da van para comprarmos os ingressos e subirmos. Ô Ôuuuuu.... fui informada que não tinha mais o serviço de van para transporte, o acesso ao Forte atualmente é feito a pé ou em carro particular, e somente em dois horários: as 10h e as 14h. Conclusão? Não dava né. Primeiro porque é mmmmmuuuuiiittaaaaa caminhada para mim. Segundo porque ainda não tenho carro. Uma pena, pois a vista de lá é belíssimaaaaa!!!!
Uma segunda opção de passeio era necessária. Voltar para casa não estava nos meus planos. Não mesmo! Ainda mais com o dia lindo que estava fazendo. Decidimos então que a Fortaleza de Santa Cruz da Barra seria o ponto escolhido. Siiimmmmm já fui lá diversas vezes. Simm a vista é maravilhosa, mas desta vez, não entrei na Fortificação propriamente dita, fiquei em seu entorno tirando fotos com minha amiga Michelle, enquanto minha irmã e meu sobrinho faziam o passeio, conhecendo um pouco mais da história do local.
Ahhh sim, importante falar sobre como cheguei até lá. Como os ônibus que entram na Fortaleza tem hora certa, fomos por meio de carro acionado por aplicativo.
Depois, decidimos que almoçaríamos em um excelente restaurante em Jurujuba mesmo. Desta vez, saímos do Forte de ônibus, plataforma (elevador) funcionou direitinho. Vivaaaaaaaaaaa!!!!! O motorista de uma simpatia só. Tão bom se todos fossem assim!!!!Lembrei dele da época em que eu cursava o Ensino Médio, e ele também se lembrou de mim!!!rsrsrsrs!
Após o delicioso almoço e um papo muito agradável e divertido, mais uma vez peguei o ônibus, plataforma funcionando e voltamos para Niterói e lá para casa!!!!!!
Minha irmã e meu sobrinho voltaram para Aracaju onde moram, minhas férias terminaram e voltei ao trabalho!!!
Ano que vem tem mais relato de férias!!!!!
O importante nesta vida é NUNCA desistir dos nossos objetivos, meu objetivo nestas férias era poder passear bastante por aqui mesmo. Como sei que já não aguento percorrer grandes distâncias caminhando com minhas próprias pernas, tive a possibilidade de locar uma cadeira de rodas manual para atingir minhas metas. Todas as conquistas somente são possíveis quando nos esforçamos. Esta é a parte que nos cabe. Quanto ao mais, o Senhor Deus nos ajuda!
Bjsssssssss!!!!!












sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Férias...3º episódio - Rio Zoo e Museu Nacional – Quinta da Boa Vista



Oi pessoal...continuando a falar sobre minhas férias de julho, o passeio a ser narrado hoje foi feito na Quinta da Boa Vista.

A Quinta da Boa Vista é um parque público localizado no bairro de São Cristovão. Com uma belíssima paisagem!!! A Quinta da Boa Vista abriga o Zoo Rio -Zoológico do Rio e o Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia, além de uma extensa área ao ar livre onde é possível aos visitantes fazer piqueniques. O Parque dispõe de bicicletas para aluguel, pedalinhos para passeio no lago, trenzinho para circular pela Quinta.

Para chegar ao Parque da Quinta utilizei mais uma vez carro por aplicativo. Fizemos o percurso “caminhando”. Primeiro fomos ao zoológico. Uma grande área é reservada ao zoológico, possui rampas, mas o caminho em alguns trechos é meio tortuoso. Para ter acesso à área dos pássaros por exemplo, é ruim o acesso para a cadeira de rodas, pois os espaços entre os viveiros são com pedras de brita e algumas partes não tem rampa de acesso. Em outros locais a rampa dá o acesso para inicio do percurso, porém, para dar continuidade ao passeio, é preciso retornar, passar pela mesma rampa para seguir com a visitação. Pois na continuidade de algumas calçadas só há escadas.
Quanto aos animais, os que vimos, tinham aspectos de bem tratados, e algumas jaulas estavam em obras. Mas no geral foi um passeio bem legal. A última vez que visitei o zoológico ainda era criança, ou seja, ontem né!! 😉
Depois partimos para visitar o Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia, como eu havia dito, ainda nas dependências da Quinta da Boa Vista. Diferente do Museu Imperial de Petrópolis que dispõe de rampa de acesso e um elevador próprio para quem tem dificuldade de locomoção, o Museu da Quinta, logo em sua entrada tem um desnível acentuado para quem anda de cadeira de rodas, o local dispõe de cadeira de transbordo para que os que necessitam, utilizem deste recurso, se for cadeirante, tem que deixar a própria cadeira, fazer a transferência, voltar para sua cadeira, fazer a visitação em um lados do prédio, após, voltar para a cadeira do museu, ir para o outro lado do museu e conhecer mais um espaço. Para acessar o elevador, que não fica em um local acessível, é preciso subir uns 2 ou 3 degraus. Um funcionário o conduz até o segundo pavimento para que então a visitação tenha continuidade.
Quanto ao conteúdo do Museu, é riquíssimo. Maravilhoso. Sou suspeita para falar, pois adoro visitar museus.
Assim como no Museu do Amanhã, a visitação deve ser feita com calma, pois são muitas informações, muitos objetos que carecem de apreciação cuidadosa. No Museu Nacional é possível fazer registros com fotos, filmagens pelo celular.
Após terminarmos a visitação, fomos conduzidos por um funcionário ao elevador, saímos pela lateral do Museu, onde a saída do prédio é feita somente com ajuda, tendo em vista um alto degrau.
Observações quanto a acessibilidade:
1 – No Rio Zoo é preciso dar mais acessibilidade à PCD, não apenas uma acessibilidade parcial, é preciso disponibilizar acesso em todos os ambientes abertos ao público. Foi uma pena eu não ter conseguido apreciar as diferentes aves que o zoológico dispõe em um determinado local, devido a acessibilidade precária;
2- No Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia não há autonomia ao cadeirante, ele sempre precisará de ajuda para acessar o museu, para que possa conhecer cada ambiente, cada espaço e ainda para deixar o prédio. Consegui fazer toda a visitação, mas novamente porque fui calçada com meu aparelho ortopédico e levei minhas muletas para ter mais autonomia.
Concluído o passeio do passeio do dia, retornamos para casa por meio de um carro chamado via aplicativo.
E terminando o texto te hoje, deixo aqui o conceito de acessibilidade, de acordo com a Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência:
“Acessibilidade é um atributo essencial do ambiente que garante a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Deve estar presente nos espaços, no meio físico, no transporte, na informação e comunicação, inclusive nos sistemas e tecnologias da informação e comunicação, bem como em outros serviços e instalações abertos ao público ou de uso público, tanto na cidade como no campo.
É um tema ainda pouco difundido, apesar de sua inegável relevância. Considerando que ela gera resultados sociais positivos e contribui para o desenvolvimento inclusivo e sustentável, sua implementação é fundamental, dependendo, porém, de mudanças culturais e atitudinais. Assim, as decisões governamentais e as políticas púbicas e programas são indispensáveis para impulsionar uma nova forma de pensar, de agir, de construir, de comunicar e de utilizar recursos públicos para garantir a realização dos direitos e da cidadania.
A fim de possibilitar à pessoa com deficiência viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida, a SDH/PR trabalhará pela implementação de medidas apropriadas para assegurar o acesso, em igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Essas medidas incluirão a identificação de barreiras à acessibilidade e a disseminação do conceito de desenho universal.”
Destaco aqui um trecho muito importante sobre a questão da acessibilidade, incluso no texto acima:
“(...)A fim de possibilitar à pessoa com deficiência viver de forma independente e participar plenamente de todos os aspectos da vida (...).”
Semana que vem postarei sobre o último passeio destas férias!!!! Bjs!!!
Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia/RJ

Zoológico do Rio - Rio Zoo

Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia/RJ

Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia/RJ

Zoológico do Rio - Rio Zoo

Zoológico do Rio - Rio Zoo

Quinta da Boa Vista/RJ

Quinta da Boa Vista


Entrada do Zoológico do Rio - Rio Zoo

Museu Nacional de Arqueologia e Antropologia/RJ

segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Oportunidade de Trabalho (SP/RJ/MG/GO)



sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Ferias - 2ª Parada: Passeando pela Cidade Imperial


Oi pessoal...conforme prometido em minha postagem, vou dar continuidade ao meu relato sobre meus passeios durante minhas férias de julho. Gosto bastante de viajar, mas como economicamente eu tinha outras prioridades, fiquei pelo Rio mesmo, aproveitando os locais maravilhosos que este Estado abriga.
Hoje vou falar um pouquinho sobre o passeio em Petrópolis – A Cidade Imperial. Já conhecia a cidade, mas foi a primeira fez que fiz o passeio de cadeira de rodas.
Então bora falar desse passeio....
Novamente preocupada com a questão do transporte da cadeira de rodas, combinei com o mesmo motorista que mencionei no último post para nos levar à rodoviária de Niterói. Chegando lá, compramos as passagens (eu, duas irmãs e um sobrinho), no momento da compra perguntei se tinha como despachar a cadeira no bagageiro do ônibus, a atendente disse que sim, porém, quando perguntei se havia alguma correia ou algo parecido que fixasse a cadeira, a menina disse que não, que a cadeira iria solta (agora você imagina, o ônibus balançando, subindo a serra, estrada cheia de curvas, em que estado a cadeira chegaria por lá?!) Então decidi levar a cadeira comigo dentro do ônibus. Uma ideia péssima, mas era o único modo de levar a cadeira em segurança. O ônibus estava com lotação completa, então fui espremida, com as pernas por cima da cadeira, por quase 2h de viagem.
Obs.: Na verdade, depois descobri que faltou apenas um pouco de boa vontade, de alguns funcionários da viação. Quando eu contar a parte do retorno, vocês vão entender melhor.
        Chegamos à Petrópolis, e sentei na cadeira, fui direto ao guichê e comprei as passagens de volta. Depois fomos em direção aos ônibus urbanos, pois a rodoviária fica um pouco afastada da cidade. Quando me aproximei do portão de acesso ao ônibus, um despachante, veio logo me cumprimentando, perguntando se eu precisava de ajuda, se eu permitia que ele me conduzisse até o coletivo, uma educação que infelizmente vemos bem pouco nos dias atuais. O ônibus estacionou, o cobrador baixou a plataforma (elevador) para que eu pudesse entrar no coletivo, depois, afivelou bem a cadeira, deixando-a bem firme, sem riscos da mesma se deslocar comigo durante o trajeto que o ônibus percorreria até o meu local de desembarque.
        Já no ponto onde eu desceria, ele veio de forma muito educada, desatrelou as fivelas (cinto de segurança) que prendiam a cadeira, baixou a plataforma e pude então iniciar meu passeio.
        Fizemos uma parada para o café da manhã e seguimos para o primeiro ponto turístico de nosso roteiro, o Museu Imperial, procuramos o lado com as calçadas mais acessíveis, com melhor estado de conservação e fomos. Atravessamos praças, um povo bem a vontade, uma tranquilidade, nem parecia que estávamos no Rio.  Andamos de charrete, a cadeira ficou aos cuidados de um rapazinho que auxiliava o pessoal que trabalhava nas charretes. Passamos pela Catedral, pelo Palácio de Cristal, algumas praças que não recordo os nomes, pelo Museu de cera, Casa de Santos Dumont, uma rua estreita, bem arborizada que de acordo com o guia pertencia a alta nobreza, da época do império. Um passeio muito agradável mesmo, se feito com outras pessoas não sai caro não.
Obs.: O condutor da charrete faz paradas para tirar fotos.
        Retornamos ao ponto de partida e fomos à visitação do Museu Imperial,  o valor da entrada é bem baratinho, PCD não paga e acompanhante de PCD paga meia. Também já havia ido a este museu, pelo menos outras 2 vezes, mas a cada ida é um detalhe que a gente se prende. A rampa de acesso ao museu é um pouquinho desconfortável, pois é feita de pedras (acho eu..), mas com uma ajuda dá para chegar ao interior do museu, que dispõe de elevador para os que necessitam deste recurso para visitar o segundo pavimento. Em seu interior não é permitido tirar fotos ou fazer filmagens. Os objetos pessoais ficam em um guarda volumes onde é entregue uma chave do armário onde os pertences são depositados, e ao final da visita deverão ser retirados.
        O Museu também tem um anexo onde ficam as carruagens que usadas na época da família imperial. Vale muitíssimo o passeio, principalmente para as crianças que estão em fase escolar. A retenção do conhecimento é bem melhor quando o estudante tem a possibilidade de visualizar, de ter um acesso mais rico às informações, do que simplesmente sentados em uma sala de aula, onde só tem teorias e palavras lidas e/ou escritas sobre fatos tão distantes cronologicamente de sua realidade.
        Do museu imperial para o museu de cera solicitamos um carro pelo aplicativo, e o  kit GNV que ocupava boa parte do porta malas atrapalhou um pouquinho o transporte da cadeira..Então meu sobrinho e uma de minhas irmãs, começou a “desmontagem” da cadeira, 1º - fecha a cadeira (não coube),  2º - retira as rodas (ainda não coube), 3º - Tira o pedal (o apoio dos pés). Ok a cadeira coube. Mas o apoio dos pés foi comigo na frente, uma das rodas dentro do carro, e o forro do porta malas tbm..rsrsrsrsr!!! E seguimos viagem...Ops: já ia me esquecendo que o motorista já ia embora deixando minha irmã pra trás, segurando o forro do porta malas, bem na calçada!!!
        O Museu de Cera, não é acessível. Embora tenha uma rampa lateral, não faz sentido, pois, para ter acesso ao museu, logo na entrada tem um degrau, a porta é estreita. O museu tem dois pavimentos, o acesso é feito por escadas, e as portas internas também são estreitas. Consegui visitar porque fui calçada também com meu aparelho ortopédico e levei meu par de muletas, pois a cadeira é minha opção para grandes deslocamentos a pé, para eu não me cansar muito, e porque sei que o Brasil não é bem acessível.
Obs.: A entrada do museu é cara, PCD paga meia entrada e acompanhante também.
        Almoçamos em um restaurante ao lado do museu, e fomos “caminhando” fazendo o percurso de volta, com meu sobrinho (já disse né.....que ele é o melhor “motorista de cadeira de rodas” ....  😊).
        Chegamos ao ponto de ônibus, onde novamente fui educadamente tratada como cidadã, como qualquer outra pessoa. O cobrador fez o mesmo procedimento de descer a plataforma, fixar a cadeira às correias, e assim pude retornar à rodoviária em segurança.
Destaque: Tanto na ida quanto na volta à rodoviária de Petrópolis, os elevadores dos ônibus funcionaram de primeira....MARAVILHOSO ISSO!!!!
Então...lembram que comentei que comprei logo a passagem de volta?! Pois é, era tanta gente chegando, pedindo informações que a atendente se confundiu, e ao invés de me vender passagens para Niterói, ela me vendeu para o Rio. O ônibus que pegaríamos as 18h30, na verdade só foi possível as 20h30, pois tive que trocar os bilhetes. Mas você pode pensar, poxa, mas bastava ir para o Rio e de lá seguir para Niterói. Bem, não é bem assim, infelizmente, primeiro que pegar um carro por aplicativo na rodoviária Novo Rio é um perigo, pois os motoristas não são bem vistos por alguns taxistas, e ainda tinha a questão do transporte da cadeira.
        Ficamos na rodoviária de Petrópolis então aguardando o embarque, lanchamos, tive que comprar uma botinha/pantufa para aquecer meus pés que estavam congelando num frio de 15 graus. Aproveitei, fiz contato com um motorista conhecido para me buscar em Niterói as 22h.
Obs.: Na volta consegui despachar a cadeira pelo bagageiro, tanto motorista quanto despachante foram muito atenciosos, e comprei também duas correrias para prender a cadeira, e eles então a posicionaram com cuidado, e mesmo com as subidas, descidas e curvas das estradas, a cadeira chegou na rodoviária do jeitinho que colocaram.
Chegamos em casa felizes e cansadas!!!! Foi um ótimo dia!!!

Bjs!!

A Caminho de Petrópolis - RJ



No Museu de Cera - Nelson Mandela

Catedral de Petrópolis


Museu Imperial

Ainda no Museu Imperial