Ontem, dia
13 de setembro, aproveitei meu horário de almoço do trabalho para ir ao Banco pagar
uma conta, esta não consegui pagar pela
internet como de costume. Fui à Caixa Econômica Federal próximo a Praça de Nova
Cidade – SG, próximo onde moro.
Em termos de
acessibilidade a CEF é o pior banco que alguém pode ir. Apesar da rampa de
acesso na entrada do banco, o acesso á agencia propriamente dita, é péssimo.
Evito ao máximo ir á bancos, principalmente à Caixa. Em todas as agências em
que fui, esbarrava em algum problema.
Talvez para
vocês seja algo simples e bem natural ir ao banco, entrar para pagar uma conta
ou resolver outro assunto de seu interesse. Mas não se engane, para muitos ir
ao banco pagar uma conta, pode ser um teste de paciência.
Uma vez no Centro do Rio – onde tentei pagar um boleto referente
a habitação, o pagamento somente era feito no subsolo, por escadas. Na época
chamei o gerente, o mesmo tentou me
explicar que por ser um prédio antigo, não seria possível adaptações.
Questionei o motivo de não ter um caixa no andar principal para atender as
pessoas com dificuldades de locomoção, o mesmo disse que não havia espaço para
isso (o interessante que para outros serviços havia espaço);
Outra feita, precisei comparecer a uma agência da Caixa no
centro de São Gonçalo. Tudo péssimo lá. Só abrem a porta acessível para cadeirantes,
pessoas com demais dificuldades de locomoção tem que se virar para passar naquela
porta giratória. Na época chorei de raiva na porta de entrada do banco, pois os
seguranças despreparados, gerente sem noção de acessibilidade. Não houve
argumento que eu usasse que os convencesse da necessidade de passar pela porta acessível,
um verdadeiro absurdo;
Outra experiência negativa foi na CEF de São Francisco em
Niterói, quando solicitei ao segurança da agência que abrisse a porta para que
eu passasse, o mesmo me disse que aquele símbolo da cadeira de rodas na porta,
indicava que era para uso exclusivo de cadeirantes. Argumentei, disse que aquele
símbolo se referia à acessibilidade para pessoas com deficiência física e outros tipos de dificuldades de locomoção dentre outros, e não
era exclusivo para uso de cadeirantes. (estão vendo? por isso digo que a culpa é das muletas! rsrsr). O mesmo insistia para eu entrasse pela
porta giratória. Novamente foi preciso chamar o gerente da agência e depois de
40 minutos, abriram a porta para eu entrasse no banco;
No Centro de Niterói também encontrei resistência, só tinha
porta giratória e quando tentei entrar, lógico que a porta travou devido as
minhas muletas e aparelho ortopédico. O segurança se aproximou e perguntou se
não tinha como eu deixar meu equipamento só para entrar. Achei aquilo tão
absurdo, tão desnecessário. Mesmo assim, me vi na obrigação de explicar que o
uso daqueles equipamentos não era algo opcional, mas necessário, fundamental para
minha locomoção. Estava tão estressada e aborrecida que acabei por desistir de
entrar naquela agência e procurei outra menos problemática;
E a última experiência foi a de ontem, citada no início do
texto. Onde novamente tive que passar pela porta giratória, travando. Onde um
dos seguranças disse que em minha bolsa havia algo que estava travando a porta.
OBS.: Fui de
muletas pois o município onde moro é ZERO em acessibilidade.
Gente, na
boa...tem que ter muita paciência! Algo quase sobrenatural para lidar com
situações como essas relatadas acima e tantas outras.
Como pode um
estabelecimento que atende ao público, com suas mais diversas particularidades
não ser preparada para atendê-lo? Como é possível a pessoa não ter o mínimo de
conhecimento sobre acessibilidade, sua simbologia?
Somos quase
45 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência, isso representa 23% na
população do Brasil. Estamos no século XXI, e ainda esbarramos em barreiras
ridículas, causada principalmente pela falta de informação. Como podem tratar
uma parcela da população tão grande como minoria?
Levar
informação, mostrar que ir e vir é um direito de TODOS, é trabalho de
formiguinha. E muito estressante, principalmente quando alguns persistem em
manter sua posição de certezas. Mas sigo
nessa luta que não luto só por mim, mas por todos que precisam e não podem ou
sabem como lutar.
Por isso
digo sempre que a pior barreira é a atitudinal!
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Símbolo da Acessibilidade - Ainda atribuído erroneamente por alguns como exclusivo para cadeirantes |
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Novo Símbolo criado pela ONU para que seja utilizado em todos os espaços acessíveis. Mas, se não conhecem nem o antigo símbolo, quem dirá o novo! |
Bjs a todos!
Bom fim de semana!
Que raiva, Ve!
ResponderExcluirSó de ler uma coisa dessas (esse retrocesso)já dá vontade de sair quebrando esses bancos, chamar a polícia, fazer um escândalo 😤!!!!
Ai ai... é muita ignorância, gente! 😨
Falta de acessibilidade nos dias atuais é o cúmulo!
ResponderExcluirÉ o quantitativo de pessoas com acessibilidade no país é grande,.até o momento eu desconhecia.
ResponderExcluirFiquei com raiva junto com você, Verônica. Até lembro, quando minha avó idosa se dirigia ao banco para se recadastrar era a mesma novela, uma humilhação. É muito descaso com o ser humano.
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